Há diferenças nas decisões de JHC (PSB), Gustavo Pessoa (PSOL) e Paulão (PT) quando o assunto é eleição em Maceió.
Os três declararam independência na hora do voto neste segundo turno. Liberam as bases para que cada filiado escolha seu lado.
Vão para Rui Palmeira (PSDB) ou Cícero Almeida (PMDB).
A prática será outra.
Não se pode negar que, nos debates, havia a dobradinha Jota-Cícero Almeida (PMDB) contra Rui Palmeira (PSDB).
Também não se nega que JHC seja uma força política expressiva para 2018. Foi o terceiro mais votado em Maceió.
Os Calheiros não vencem na capital desde que a reeleição passou a valer nos executivos municipais.
Teve 91.650 votos. Só as abstenções, na capital, alcançaram quase 100 mil votos.
JHC não convenceu o eleitor sobre ele ser a terceira via.
Jota terá dois anos para superar a desconfiança; deixar de processar jornalistas ao ser questionado sobre sua fortuna ou o currículo dos pais; conhecer Alagoas para além dos números; revestir o discurso com rostos, gente.
Construir uma biografia própria, em resumo.
Com os partidos no Brasil em crise e as lideranças sem apoio das ruas, JHC pode ser um político interessante.
Se aceitar ter a vida pública revistada- como fez na Assembleia Legislativa- e apontar um rumo para os socialistas alagoanos, em crise desde que as águas do Salgadinho receberam Kátia Born no famoso banho eleitoral, há 16 anos.
