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Negociação com famílias constrói apoios a Renan Filho para 2022

A possível filiação da deputada Jó Pereira, hoje no MDB, ao PP, foi jogada para o limbo com as negociações do governador Renan Filho (MDB) e a família Pereira. Mas esta indefinição não deve durar muito tempo.

Renan Filho reempossou o irmão de Jó, Fernando, na Secretaria do Meio Ambiente. Só que Joãozinho, chefe do clã, foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para a Codevasf. Lira e Renan estão em lados opostos e devem se enfrentar ano que vem.

Lira quer prejudicar a estratégia de Renan Filho, lançando Jó Pereira na disputa ao Governo e potencializando as azedas relações do governador com a Assembleia.

Renan Filho busca acirrar as divisões no palanque de Arthur Lira, extraindo os primos Pereira e minando os caminhos do senador Fernando Collor (PROS), que disputa a reeleição em 2022 contra Renan Filho.

Após a permanência da família Pereira na base de apoio ao governador, apesar das críticas de Jó no legislativo estadual, tudo indica que a família decide no segundo semestre em qual das canoas deve pôr os pés.

Definida

Se a situação da família Pereira permanece sem solução, a da família Beltrão parece estar bem consolidada.

Rachado, o lado Beltrão de Marx está com a Secretaria de Agricultura e o lado de Marcelo, prefeito de Coruripe, ficou com a Secretaria de Desenvolvimento e Turismo. Foi empossado Marcius, irmão de Marcelo, cotado para disputar a vaga de federal de Marx.

José Márcio, pai do vereador de Maceió José Márcio, assume a Adeal; Kelmann Vieira se licencia da Câmara para assumir a Seprev. E os Bulhões ficam à frente da Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Rafael Brito, que ocupava Desenvolvimento e Turismo, assume a Secretaria de Educação. Brito é genro do presidente do Tribunal de Contas, Otávio Lessa.

As parcerias políticas vêm na esteira da pesquisa do Instituto Paraná, que apontou liderança do senador Rodrigo Cunha (PSDB) e do prefeito JHC (PSB), na disputa ao Governo, deixando para trás indicados de Renan Filho para a sua sucessão.

JHC não deve renunciar à Prefeitura; Cunha é o mais cotado do grupo para encabeçar provável coligação com apoio de Arthur Lira e Jair Bolsonaro, sem Collor, nome que Cunha faz questão de mostrar grande insatisfação.

Nesta terça, o tucano está em Arapiraca onde mantem conversas com lideranças políticas e, principalmente, Luciano Barbosa, ex-vice-governador que enfrentou e venceu os Calheiros no segundo maior colégio eleitoral do Estado exatamente com uma campanha anti-Renan. Também em Maceió o sentimento anti-Renan ajudou na vitória de JHC.

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