Repórter Nordeste

Navalha: Justiça aceita denúncia contra assessor ‘cara de pau’ da era Téo Vilela

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A corrupção no Brasil é quase um sistema único.

A depender da região, envolve pequenas quantias.

É um toma lá dá cá desigual favorecendo bem mais quem tem o dinheiro na mão.

Em Alagoas, ela é curiosa.

Na semana passada, a Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal referente à Operação Navalha, onde é citado como réu o ex-governador Teotonio Vilela Filho.

Esta denúncia se refere a Francisco Silva Bezerra.

Em 2007 ele era presidente da Comissão Permanente de Licitação da Secretaria de Infraestrutura.

Dizem as investigações que há oito anos ele mantinha contatos com Zuleido Veras- dono da Construtora Gautama- e Fátima César Palmeira, braço direito dele.

Tudo para facilitar que a Gautama fosse favorecida em licitações.

Nas ligações telefônicas eram registradas cobranças de pagamentos ou entrega de presentes.

Uma negociação espúria, diz a Justiça Federal, onde Francisco era chamado até de “cara de pau” (expressão no inquérito e no processo) pelos chefes do esquema, por cobrar passeios pelo Velho Mundo ao lado do subsecretário de Infraestrutura, Denison de Luna, condenado em primeira instância por corrupção passiva.

Nessa Alagoas subterrânea não existe nem reclamação nem crise.

Mas, neste caso, passagens para a Europa nem são tão caras assim.

É como se dilapidar os cofres públicos virasse status em uma terra de miseráveis.

E de dato é.

É um mundo de espertos. Ou de quem acha ser.

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