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Não há “gado” de Lula, há povo sonhando

Se eu pudesse falar para multidões de experts que desdobram o verbo analítico sobre a política brasileira e suas particulares intenções, neste cruzamento de vias e desvios, apenas diria para deixar esse povo sonhar!

Desse escabroso momento de perdas, a cinza da história desperta desejo de vida, mas as reações surgem em borbotões que beiram o desespero dos sobreviventes, e neste lastro impiedoso, não é hora de exigir perfeição nem purismo de quem busca apenas salvamento.

Chegamos a este saldo de desamor histórico sofrendo dia após dia a desconstrução daquilo que chamávamos a nossa vida.

Perdendo identidade, emprego, estima, parentes e força moral, com afetações em nossa saúde mental, emocional e física, somos a nação que clama pelo retorno de Lula, e este clamor pode soar ufânico com todas as justificativas válidas.

Não é aceitável chamar esse povo de “gado”, como se faz com os enceguecidos seguidores de Bolsonaro.

Por este motivo me oponho frontalmente aos que pescam adesões aos seus canais com discurso perfeccionista desenvolvido em seus escritórios bem ornamentados.

Desqualificar os brados de um povo sobrevivente é no mínimo desumano, e soa desonesto intelectualmente falando.

Suportar uma prisão injusta, um presidente genocida e uma cultura de informação rápida com palavras e palavrões de efeitos, torna o nosso povo qualificado para jorrar palavreado livre em louvor a Lula, porque ele lhe traz esperança e motivação para continuar.

Qualquer outras exigências ficam para depois da salvação política se concretizar em votos de vitória, quiçá no primeiro turno.

Não entrego parte nenhuma do meu corpo (que é meu) a Lula, mas minhas assertivas verbais e declarações afetivas por seu poder de semear vida nos campos da morte, ele as tem!

Salve o povo que reage e age para eleger Lula nosso presidente, porque a história do Brasil precisa seguir viva!

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