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Na pandemia, Assistência Social atrasa distribuição de cestas aos mais pobres

Após prometer, em maio, distribuir 250 mil cestas básicas às famílias mais pobres de Alagoas nos primeiros 15 dias de junho, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social atrasou a entrega e ainda não tem uma data para fazer esta distribuição.

As cestas servirão para diminuir os efeitos da pandemia e da fome. Números da Central Única das Favelas em Alagoas (Cufa/AL) indicam que 50 mil famílias vivem em estado de insegurança alimentar e nutricional. 20 mil famílias moram em favelas, encostas, barreiras.

As cestas básicas devem ser destinadas às famílias que estão no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Segundo texto da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, publicado em 25 de maio, “A medida faz parte do pacote de auxílio do Vacina Alagoas, programa lançado pelo governador Renan Filho em abril para ajudar os municípios a acelerarem a vacinação contra a Covid-19 e dar suporte às famílias mais necessitadas por conta da pandemia”.

Ouvida, a Secretaria informou que a distribuição “está em processo”, mas sem informar datas.

Em 13 de abril, a ex-prefeita de Arapiraca, Fabiana Pessoa, assumiu o comando da Secretaria e prometeu “intensificar ações que beneficiem os alagoanos socialmente mais vulneráveis”, segundo texto distribuído à época por sua assessoria. Prometeu ainda firmar parcerias com o deputado federal Severino Pessoa, seu marido, e o ministro da Cidadania, João Roma, um dos líderes do Republicanos, partido presidido em Alagoas pela secretária.

As 250 mil cestas custarão R$ 17,2 milhões e foram compradas à Nordeste Distribuidora de Alimentos LTDA, com ampla experiência no mercado, atestada pelo blog: ela tem contratos com várias prefeituras alagoanas, também para distribuição de cestas. A empresa foi contratada “pelo menor valor ofertado, por meio de dispensa de licitação, aprovada pela Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE-AL), de acordo com a Medida Provisória Nº 1.047, de 3 de maio de 2021”, informou o Governo.

Cada cesta básica custou R$ 69,10 e terá 12 itens.

“A assinatura deste contrato celebra o investimento em 250 mil cestas básicas que irão beneficiar famílias em situação de extrema pobreza de todos os municípios do estado. Por meio da Seades, o Governador Renan Filho assiste aos mais vulneráveis, visando diminuir o impacto da fome neste período de pandemia e contribuir para a segurança alimentar dos alagoanos”, disse Fabiana Pessoa, ao assinar o contrato com a empresa em 25 de maio.

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