Na Câmara, violência rende críticas de governistas e oposição

'Governador admitiu derrota para o crime na imprensa', disse presidente da Câmara, Galba Novais

Em sessão nesta terça-feira, o presidente da Câmara de Vereadores, Galba Novaes (PRB) disse que o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) admitiu a derrota para o crime à imprensa, ao dizer que buscaria, em Brasília, ajuda federal no combate à violência.

“O governador admitiu a derrota para o crime na imprensa, mas quis justificar as ações de governo no combate à violência. Eu pergunto onde estão as 400 viaturas? Se elas existem, não há contingente policial para dirigir os veículos. Se o governo colocar essas 400 viaturas numa cidade como Maceió, a cada cinco minutos veríamos um carro policial passando. Estamos cegos? Esse governo não entende nada de ação de segurança”, disse. Novaes é candidato a prefeito de Maceió, do grupo de oposição ao governador.

“Qual outra construção, além do corredor Vera Arruda, existe no bairro Stella Maris? Trata-se de um espaço privilegiado urbano, de grande valia para a humanização do bairro. Um espaço de lazer, numa área onde os edifícios se proliferam, hoje é identificado como espaço de crime, assassinatos, assaltos e tráfico de drogas. É um espaço que tinha um posto policial e foi desativado. Isso é um crime”, disse o vereador Marcelo Malta (PC do B), ao se referir ao assassinato do médico Alfredo Vasco, no último sábado.

“Em Alagoas, 17 mil pessoas foram assassinadas no ano passado. São números de uma guerra civil. O que houve com o Dr. Vasco foi um crime cruel de pura maldade. Infelizmente, mais um homicídio nas estatísticas do Estado, que tem mais de 20 assassinatos nos fins de semana”, disse o vereador Oscar de Melo (PP), do partido da base do Governo Estadual.

A vereadora Heloisa Helena (Psol) declarou que encontrou os filhos e a viúva do médico assassinado, ontem, durante a inspeção realizada por uma comissão de vereadores nas agências bancárias. “Sabe o que ouvimos dos filhos da vítima? “Que pena que precisou ser o meu pai assassinado para a sociedade se mobilizar”. Precisamos buscar a responsabilidade do governo estadual e federal. A grandeza pessoal e espiritual da família do Dr. Alfredo nos deixou comovidos”, contou.

O vereador João Luiz (DEM) afirmou que há 20 anos, quando Ronaldo Lessa era prefeito de Maceió, havia uma estimativa de 30 mil crianças fora das salas de aula. “Naquela época, eu e o vereador Givaldo Carimbão, hoje deputado federal, dizíamos que essas crianças se transformariam em bandidos no futuro. O que estamos sofrendo hoje é o resultado da inércia dos governos, em não priorizar a educação”, disse o pastor.

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