Na África, Lula tenta ganhar Nobel da Paz

Em viagem à África, o ex-presidente Lula tem levado a todos os países que visita uma mensagem que pode credenciá-lo, em algum momento, a receber o Prêmio Nobel da Paz. Em Gana, onde encontrou representantes da comunidade “Tabom”, descendentes dos primeiros escravos brasileiros, assim batizados por que usavam a expressão “tá bom”, Lula falou sobre segurança alimentar. E disse que é possível acabar com a fome no mundo. “Ninguém nasceu para ser pobre, as pessoas nasceram para viver bem”, afirmou. “Eu não quero morrer para ir para o céu. Quero viver no céu aqui. E para muita gente pobre, o inferno é a própria Terra, porque não tem no mundo nada pior do que passar fome. Você levanta de manhã com a lombriga maior querendo comer a menor”.

Levando a experiência brasileira do bolsa-família para a África, Lula disse que “é plenamente possível garantir que todo ser humano de qualquer lugar do mundo possa comer três vezes ao dia”. Basta, segundo ele, “um pouco de dinheiro na mão das pessoas”. O ex-presidente atribuiu o sucesso do programa brasileiro de combate à fome e à pobreza a um cadastro eficiente. “O dinheiro tem que chegar diretamente às pessoas, sem passar por intermediários. O cadastro é a razão do sucesso das nossas políticas para os pobres e o pobre recebe um cartão magnético. Nenhum vereador, nenhum deputado, nenhum governador e nem o presidente da República sabe quem tá recebendo. Assim, o pobre não deve favor ao governante”.

Ouça a íntegra do discurso:

As informações são do Brasil 247

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