O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando os relatos de abuso e assédio moral contra o superintendente do Ibama em Alagoas, Rivaldo Couto dos Santos. A denúncia foi feita por duas assistentes administrativas contratadas pelo órgão federal, sendo que o caso será apurado pelo 9º Ofício Geral Comum da Procuradoria Regional do Trabalho em Alagoas (PRT/AL). O procurador Victor Hugo Carvalho será responsável pelo procedimento e terá 30 dias para instaurar um inquérito civil público.
Nessa fase inicial, serão definidas as ações iniciais da investigação preliminar, e caso sejam constatados fatos, será aberto um inquérito civil público, no qual ocorrerão as oitivas e o levantamento de informações mais detalhadas. Com base nessas informações, o órgão determinará as formas de resolver o conflito e responsabilização, que podem ser soluções administrativas ou judiciais.
As assistentes administrativas relataram que Rivaldo Couto solicitou a substituição delas após o término do contrato de experiência inicial, alegando situações falsas. Uma das servidoras afirmou que decidiu levar o caso adiante para combater as informações negativas divulgadas sobre seu trabalho e o clima de hostilidade que existe dentro do órgão.
Além dessa denúncia, Rivaldo Couto também é suspeito de perseguir um servidor que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). O servidor, Elves André Rodrigues, está afastado do trabalho por recomendação médica devido à perseguição do superintendente, o que resultou em um episódio depressivo moderado e transtorno de ansiedade generalizada. Elves denunciou o caso à Corregedoria do Ibama, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Até o momento, a Superintendência Regional do Ibama em Alagoas não se pronunciou sobre as denúncias.
