MPT ingressa com ação contra supermercado Extra, por discriminação

A conduta pode render uma multa de meio milhão de reais, se for aceita pela Justiça

O Ministério Público do Trabalho ingressou nesta segunda-feira com ação contra o supermercado Extra, por discriminação. Ele é acusado de proibir ex-empregados de trabalharem, na empresa, como promotores de vendas.

A conduta pode render uma multa de meio milhão de reais, se for aceita pela Justiça.

Segundo o procurador do Trabalho, que subscreveu a ação, Rafael Gazzaneo Júnior, à conduta da empresa é gravíssima, pois discrimina trabalhadores simplesmente porque foram ex-empregados. “Tal atitude mostra-se flagrantemente inconstitucional. O combate à discriminação é necessário para o avanço de toda sociedade democrática, visando alargar o processo de inclusão social”, disse.

“No caso em debate, a discriminação se configurou quando a empresa ora demandada, ao desfazer o vínculo jurídico de emprego, impede que os ex-empregados laborem em seus estabelecimentos, ainda que contratados por outras empresas para exercer a função de promotor de vendas. Por se tratar de grande empresa do ramo de supermercado desta e de muitas outras capitais, esta conduta discriminatória termina por inviabilizar que os seus ex-empregados sejam contratados para a referida função, já que a mesma normalmente é exercida no espaço físico desses grandes supermercados”, destacou o procurador.

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