MPF pede R$ 5 mi de Damares e União por fakenews sobre abusos no Marajó

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, durante o lançamento da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas.

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará entrou com uma ação civil pública visando obter uma indenização de R$ 5 milhões para a ex-ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a União. Esse valor será destinado à população do Arquipélago do Marajó, no Pará, devido às falsas alegações de abuso sexual e tortura feitas por Damares contra crianças marajoaras.

O MPF solicita que Damares e a União paguem R$ 5 milhões, sendo dividido igualmente entre ambas as partes, como forma de reparar os danos sociais e morais coletivos. Esses recursos serão direcionados para projetos sociais na região do arquipélago.

Em 8 de outubro de 2022, durante um culto evangélico em Goiânia (GO), Damares relatou detalhes de práticas sexuais violentas e torturas contra crianças do arquipélago, afirmando que teve conhecimento desses fatos enquanto era ministra. No entanto, as acusações foram feitas sem apresentação de provas.

Durante o evento, a senadora também afirmou que as crianças no arquipélago são traficadas e têm seus dentes arrancados para evitar que mordam durante atos de sexo oral. Neste ano, Damares voltou a mencionar a ilha, expressando sua intenção de se tornar a “princesa do principado de Marajó”.

O MPF também sinaliza que tais crimes foram mencionados na época de campanha para a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro e justificar a existência do programa Abrace o Marajó.

Entretanto, o projeto foi revogado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última semana. Agora, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania substituiu o Abrace o Marajó pelo projeto Cidadania Marajó, enfocando o combate à exploração e ao abuso sexual de crianças e adolescentes na ilha.

*Com Agências

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