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MP pede inclusão de testemunha do caso Davi em programa federal; militares são acusados no crime

O Ministério Público Estadual pediu a inclusão de um jovem e da família dele no Programa Federal às Vítimas e Testemunhas do Crime, após ele alegar ter sido torturado por policiais militares junto com o jovem Davi da Silva, que sumiu no dia 25 de agosto de 2014 durante revista policial.

No parecer, os promotores relatam também mais detalhes baseados nos relatos contidos nos autos. “É de fácil constatação, que a vítima Davi da Silva foi sequestrada pelos indiciados, que detinham pela força armada o domínio da situação, sendo arrebatado do local e da visão da população curiosa que a tudo assistia, conforme relatos de testemunhas. Davi da Silva foi algemado e lançando no xadrez da viatura policial da Radiopatrulha, sendo certo que os agentes policiais indiciados pretendiam continuar constrangendo o adolescente longe dos olhares críticos da população, com emprego de violência e grave ameaça, ostentada pelo poder e o aparato policial, objetivando causar-lhe sofrimento físico e mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão de ser o lendário traficante de drogas conhecido como “Neguinho da bicicleta”, obtendo o local de sua suposta “boca de fumo”, o que certamente resultou em sua morte e ocultação de seu cadáver pelos indiciados”, detalhou o MPE/AL.

O MP solicitou a 5ª Vara Criminal da capital que os autos do inquérito que investiga o desaparecimento de Davi da Silva seja encaminhado a 14ª Vara Criminal porque Davi é menor.

Os quatro PMs torturaram, mataram e esconderam o corpo do adolescente, diz o Ministério Público.

O juizado é quem vai decidir se os PMs serão presos. A defesa nega o crime.

Se condenados, os militares podem pegar pena de 30 anos de prisão.

 

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