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MP pede arquivamento de processo de tortura contra policiais no RS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu o arquivamento do inquérito contra o delegado Gustavo Barcellos e dois agentes, todos da Delegacia de Polícia de Gramado, na Serra, que respondem por tortura, abuso de autoridade, prevaricação e formação de quadrilha. Segundo o promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira, um homem que teria sido vítima de tortura disse em juízo no fórum da cidade que recebeu dinheiro de um advogado para fazer uma denúncia falsa.

A investigação contra o trio de policiais foi feita pela Corregedoria da Polícia Civil, e apontou que foram aplicados choques elétricos e coronhadas em um grupo suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas durante operação realizada em Gramado.

A investigação do MP aponta outros indícios de que a denúncia contra Barcellos foi planejada. A principal vítima da suposta tortura teria ido a um consultório médico ao lado de um traficante que se fez passar por pai para adquirir um atestado médico. Além disso, as informações do atestado não correspondem às marcas de agressões do homem, diz o órgão judiciário.

O MP também afirma que houve evidências de pré-combinação dos depoimentos das vítimas, que teriam se reunido com o advogado. O pedido foi encaminhado à Vara Criminal de Gramado.

Questionado sobre o fato, Barcellos disse que não houve agressão ou excesso durante a operação. Dos envolvidos, somente um policial civil pediu transferência para a cidade vizinha de Canela. Os outros seguem cumprindo suas funções em Gramado.

Em entrevista à Rádio Gaúcha no dia 28 de novembro, o advogado de Barcellos, Marco Antônio Barbosa Leal, afirmou que o inquérito policial, conduzido pelo delegado Paulo Rogério Grillo foi arbitrário. Ele diz ainda que a defesa foi impedida de participar dos depoimentos de seu cliente.

Os nomes dos agentes envolvidos não foram divulgados pela Polícia Civil.

As informações são do G1

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