As evidências, segundo o Ministério Público e a Defensoria Pública Estadual, não deixam dúvidas da responsabilidade da Braskem no fenômeno geológico que está afundando os bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
MP e Defensoria vão aos tribunais para bloquear R$ 6,7 bilhões da Braskem, dinheiro que deve ser usado no futuro para as indenizações aos moradores deslocados – ou a serem deslocados- das áreas de risco.
A medida só vai valer com o aval da Justiça.
O poder da Braskem, que é controlada pela Odebrecht, está nas campanhas eleitorais alagoanas ao longo dos anos: é uma das maiores financiadoras da classe política local.
E não existiu almoço grátis. A empresa vai querer a torna disso.
A justiça brasileira é conhecida pela lentidão e por ter um lado que não é o da maioria da população.
Um cenário perfeito para a influência de agentes externos que também pode ser neutralizados se a Justiça estiver ao lado dos moradores do Pinheiro.
E então?
