Nos últimos cinco dias, o Guarujá tem sido palco de uma série de confrontos entre a Polícia Militar (PM) e criminosos, resultando em 13 mortes. Essa quantidade já ultrapassa o número de assassinatos registrados na cidade durante todo o primeiro semestre deste ano, que foi de 11 mortes, de acordo com dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Tudo começou com o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), durante um patrulhamento na comunidade de Vila Zilda, na última quinta-feira (27/7). Desde então, a cidade tem enfrentado uma onda de violência, resultando em confrontos entre a PM e os criminosos.
A Operação Escudo, deflagrada pela PM após o assassinato do soldado da Rota, resultou em 13 mortes até o momento, sendo que 40 disparos foram realizados pelos policiais nesse período, segundo informações da SSP. A pasta também informou que 32 suspeitos foram presos e que todas as ocorrências estão sendo investigadas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, juntamente com a Polícia Militar.
Um homem identificado como Evandro da Silva Belém foi morto após fugir e atirar contra os policiais durante uma abordagem. O segundo caso ocorreu quando um suspeito não identificado tentou fugir ao avistar os policiais e acabou trocando tiros com eles, resultando em sua morte em um beco sem saída.
Além dessas ocorrências, uma cabo da PM foi ferida a tiros na cidade de Santos nesta terça-feira (1º/8), quando criminosos armados atiraram contra ela e seu colega de trabalho. A policial foi encaminhada para a Santa Casa de Santos e seu estado de saúde é estável.
Diante dessa onda de violência, o litoral paulista tem vivido momentos de tensão, principalmente após o assassinato do soldado da Rota. O Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, negou que houve excesso por parte dos policiais militares durante as operações e tratou as denúncias de tortura como “narrativa”.
Com Agências