Morte de jornalista: autoridades cobram apuração

Décio Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão", pertencente à família Sarney, e mantinha um blog sobre política. Ele deixa mulher e um filho de oito anos

Jovem Pan

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) cobra das autoridades estaduais investigação do Morte de jornalista no Maranhão reacende debate sobre impunidade no Brasilassassinato do jornalista Décio Sá. Ele foi morto com seis tiros enquanto jantava em um bar-restaurante em São Luís, no Maranhão, na noite da última segunda-feira. É o quarto jornalista assassinado no Brasil em 2012.

Décio Sá trabalhava no jornal “O Estado do Maranhão”, pertencente à família Sarney, e mantinha um blog sobre política. Ele deixa mulher e um filho de oito anos.

A Abraji vê com preocupação a escalada de violência contra jornalistas no Brasil e cobra agilidade das autoridades na solução do caso. Além de responsabilizar os culpados, a investigação deve esclarecer a motivação do crime e se ele teve relação ou não com o trabalho jornalístico. Crimes que visam calar um jornalista configuram um grave atentado à liberdade de expressão.

A violência contra repórteres no ano passado fez o país despencar 41 posições no ranking de liberdade de expressão da ONG Repórteres Sem Fronteiras. Segundo o INSI (International News Safety Institute), em 2011 o Brasil foi o 8º país mais perigoso do mundo para jornalistas. Em 2012, ocupa a segunda posição no ranking.

Índice elaborado pela organização americana Comitê para Proteção de Jornalista (CPJ) divulgado neste mês indica que o Brasil é o 11º país do mundo com o pior índice de impunidade em crimes contra jornalistas.

Em março, o governo brasileiro, ao lado de Índia e Paquistão, impediu a aprovação de um plano de ação da ONU para proteger jornalistas.

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