Após ser espancado, o detento Wanderson Ribeiro dos Santos, de 21 anos, morreu no Hospital Geral do Estado. Ele estava internado desde quinta-feira, com manchas de hematomas no pulmão e inchaço no peito esquerdo. O caso foi denunciado a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL) e investigado pela Intendência do Sistema Prisional.
Após o comunicado da morte do detento, o presidente da Comissão, Gilberto Irineu encaminhou ofícios ao promotor de Execução Penal, Cyro Blater, e ao coronel Carlos Luna, da Intendência, para que sejam estabelecidos todos os procedimentos investigatórios para apurar as responsabilidades da morte do detento.
Além do caso de Wanderson Ribeiro, Irineu apresentou relatório com denúncias de maus-tratos contra detentos das unidades prisionais Casa de Custódia e Cyridião Durval, além de supostas humilhação em revistas e relatos de que objetos são colocados na comida oferecida aos detentos. Luna disse que vai apurar os fatos e prometeu melhorias para acolher os familiares nos dias de visita dos presos.
Quanto à questão da alimentação, Luna disse que vai se reunir com todos as nutricionistas e chefes de cozinha para apurar as denúncias feitas pelos familiares de presos dando conta que estariam sido encontrados cotonetes, pedaços de gases, parafusos, pedras e até preservativos dentro da comida oferecida nas unidades prisionais. As informações são da assessoria da OAB.
Na última terça-feira (10), um grupo de mulheres familiares de presos esteve na OAB/AL reunida com Irineu e denunciou os casos de maus-tratos contra os detentos e supostas humilhações durante os dias de visita.