Moradores tentam invadir delegacia de Capela, para linchar acusado de matar criança

De acordo com a assessoria da Delegacia Geral da Polícia Civil, a população tentou invadir a delegacia e o preso foi retirado do prédio e transferido para Maceió. Por questão de segurança do preso, o nome da delegacia será preservado- para evitar tentativa de linchamento na capital.

 A população de Capela tentou, na noite desta sexta-feira, invadir a delegacia da cidade para linchar José Petrúcio Caetano da Silva, de 27 anos, acusado de estuprar e matar a menina Ana Clécia, de cinco anos, em 8 de março. É a terceira criança morta em Alagoas, em menos de uma semana.

Segundo informações de moradores da cidade, as pessoas chegaram a quebrar o muro da delegacia e até às 20h40 ocupava a frente do prédio. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) cercou a delegacia e jogou bombas de efeito moral, para dispersar os manifestantes.

De acordo com a assessoria da Delegacia Geral da Polícia Civil, a população tentou invadir a delegacia e o preso foi retirado do prédio e transferido para Maceió. Por questão de segurança do preso, o nome da delegacia será preservado- para evitar tentativa de linchamento na capital.

Segundo um morador de Capela, cinco carros cercaram a delegacia para a retirada do preso do prédio, escontando-o para Maceió.

José Petrúcio Caetano cometeu o crime em Cajueiro. Mas, por medida de segurança, ele foi transferido para Capela- por rumores de invasão da delegacia também para linchamento.

Ana Clécia foi estuprada e morta por Caetano, que é amigo da família, próximo a um rio.

A Polícia Militar disse que os pais estavam bebendo com o acusado.

Nesta sexta-feira, a família da criança disse que a menina sumiu e procurou a PM para denunciar o caso. Mas, foi tratada com socos e empurrões dentro do posto policial.

“Ele disse que eu estava mentindo e veio bater em mim”, conta o pai da criança, Rubens dos Santos, que alega não lembrar o nome do PM, mas saberia reconhecê-lo.

A mãe da menina, Maria Aparecida da Silva, disse que não pode beber e disse tomar remédio controlado, que toma por causa de problemas psicológicos, ligados a depressão.

“Eles vieram dizer que eu estava bêbada, mas nunca bebi na vida, eu tomo remédio controlado. A minha filha nunca saiu de casa sozinha, eu sempre cuidei dela. Ainda falaram que a gente estava mentindo, que a menina não tinha desaparecido coisa nenhuma. Bateram no meu marido, trataram a gente como bandido, como se não bastasse todo o nosso sofrimento”, disse.

A PM não se pronunciou sobre o assunto.

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