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Militar acusado de matar médico nega crime

Giro PE

Lotado no Batalhão de Policiamento Escolar, o policial militar de Alagoas Antônio Augustinho Alves Muniz Falcão, 24, preso na última terça-feira, 21, acusado de matar o médico Maviael Menezes de Almeida, de 46 anos, negou qualquer envolvimento com o crime. Após ser preso, em cumprimento à decretação da prisão preventiva, o militar disse que o médico era seu sócio e amigo e que a acusação está destruindo a sua vida.

O militar afirmou, ainda, que trabalhava com o médico há seis e inclusive ele (Maviael) seria padrinho do seufilho. Augustinho também assegurou que no dia do crime estava de serviço em Maceió, o que poderia ser facilmente comprovado através da escala do batalhão onde é lotado. Durante a chegada à delegacia, sem algemas, o militar se mostrou tranquilo.

A prisão do PM repercutiu em Alagoas e Pernambuco. O médico Maviael Menezes seria candidato a vereador nas eleições de outubro deste ano. Filho de família tradicional, o pai já foi deputado estadual e federal, além de prefeito. A mãe também teria comandado um município da região. Homossexual declarado, o médico comandava uma das clínicas particulares mais procuradas da cidade de Palmares, onde residia.

Uma entrevista coletiva está marcada para esta sexta, 24, em Recife, onde o delegado do caso, Franklin Soriano irá repassar detalhes das investigações. Ontem, o delegado já antecipou que as provas (testemunhais, técnicas, periciais) apontam para crime passional com motivação financeira. Soriano também afirmou não haver dúvida da participação do militar no crime.

Além de Augustinho, teria participado do crime Ednaldo Santos Brandão, 18 anos, José Laudiano do Nascimento, de 19 anos, e José Antônio da Silva Neto, de 19 anos.

O assassinato ocorreu no dia 28 de junho, na sua residência, onde não havia sinais de arrombamento. O médico foi assassinado na sua cama, teve o corpo envolto em lençóis e tapetes e foi abandonado embaixo de uma ponte na PE-96, em Barreiros, sendo encontrado dois dias após o assassinato. Quando a perícia foi autorizada a entrar na casa do médico, encontrou-a totalmente limpa e organizada. Os peritos precisaram utilizar o reagente luminol para determinar a dinâmica do crime.

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