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Meu primeiro romance publicado: Viestes me buscar

Falar na primeira pessoa é a ousadia de quem escreve.

O gosto peculiar de apresentar a si, mostrar ao mundo o rosto e partes da alma, em uma escrita que não pede licença, mas quer mostrar a própria verve. Eis a sensação de falar do meu primeiro romance publicado, com o título Viestes me buscar, uma alusão ao histórico familiar na prosa narrativa que mistura verdade e ficção.

Minha família paterna vingou sob a sombra da Serra da Barriga, em União dos Palmares. O chão do romance tem cheiro de viagem ao lar dos avós, mas a narrativa é ficcional na maior parte dos aspectos.

Augusto é porta-voz do amor pela história do lugar, das gentes, das investidas individuais em busca de campos novos.

Mas se não existe povo perfeito em nenhum lugar desse mundo, em todo território existencial a própria natureza dos seres em suas sociabilidades, exorta qualidades e alguns fios de virtudes para continuarmos vivos, e com energia suficiente para movimentar o próximo passo.

Uma ontologia de sobrevivência que nada nem ninguém consegue medir dorme na face assustada do humano, sob todas as tonalidades de pele.”

Na bagagem o personagem leva lembranças: Luanna era vida doméstica, sábado e domingo sem festas, mas plenos de cotidianidade  e frutas sazonadas. Tinha porte de  vida arrumada, organizada, enfeitada de flores!”

Imaturo, sonhava em desbravar o Brasil no rastro dos parentes que haviam migrado para o sudeste, e sua única defesa era ser ingênuo, comum, aberto ao desconhecido.

Estava indo ao encontro de parentes que migraram para São Paulo, encontrara um endereço antigo em livreto que pertencera ao avô. Arriscara escrever uma carta e recebera resposta convidando a visitar. Lá estava agora.

O impacto da chegada fora Magdalena.

O fio da história será puxado por ela.

Estava impressionado com a beleza da prima. Parecia uma manhã recém-aberta, cheia de claridade, cores encantadoras! Não era grande em estatura, mas o corpo possuía uma desenvoltura perfeita, como se nada fosse demais ou de menos.”

Assim abre a porta da trama.

Vale a pena se entregar a esta leitura com marcas territoriais alagoanas, mas amplamente brasileira!

SOBRE O AUTOR

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