Medo e falta de equipamentos assustam estivadores, no Porto de Maceió

E existe confusão na versão do Porto e do Corpo de Bombeiros. Segundo o Porto, Fábio estava com todos os equipamentos exigidos para trabalho: luvas, botas, capacete e máscara

As condições de trabalho no Porto de Maceió preocupam o Sindicato dos Estivadores- com 250 sindicalizados. Segundo o presidente do sindicato, João Epifânio dos Santos, as condições preocupam.

“Trabalhamos com medo. Precisa a gente se sentar e melhorar a questão da segurança, temos nos preocupado com a vida dos trabalhadores”, disse.

As condições de trabalho no Porto de Maceió voltaram à pauta desde a morte do estivador terceirizado Fábio de Freitas Silva, de 28 anos, morto nesta sexta-feira após ser soterrado por uma carga de sete mil toneladas de fertilizantes. Ele trabalhava no porão de um navio de bandeira panamenha. O corpo dele foi enterrado no sábado.

E existe confusão na versão do Porto e do Corpo de Bombeiros. Segundo o Porto, Fábio estava com todos os equipamentos exigidos para  trabalho: luvas, botas, capacete e máscara.

O Corpo de Bombeiros diz que, na hora do resgate do corpo do estivador, ele estava sem os equipamentos. “Ele não estava de bota, não tinha máscara, não tinha nada”, disse o tio da vítima, Pedro Lourenço da Silva.

A Procuradoria Regional do Trabalho disse que fará, nos próximos dias, uma inspeção no Porto. Segundo a procuradora chefe do Trabalho, Rosimeire Lôbo, será aberto um inquérito civil para investigar as condições de trabalho no Porto de Maceió.

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