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Médico acusa Força Nacional de abuso em abordagem

O médico arapiraquense  Jonathan Alves Padilha procurou o programa Show de Notícias, da Rádio 96 FM, para denunciar uma agressão física sofrida diante de policiais da Força Nacional (FN) durante uma abordagem ocorrida na tarde desta sexta-feira (13), numa rua por trás do Clube dos Fumicultores, no centro de Arapiraca.

As informações são do Cada Minuto.

Durante a entrevista, o médico disse que conduzia sua motocicleta, quando foi abordado por uma guarnição da Força Nacional, que solicitou que ele descesse do veículo. Como houve certa demora para atender a ordem policial, o médico diz que foi tirado do veículo à força e segurado por dois policiais, enquanto um terceiro lhe aplicou um golpe conhecido como “gravata”.

Jonathan Padilha diz que foi algemado, colocado em uma viatura e conduzido até a Central de Polícia, onde foi lavrado o Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) por desacato à autoridade policial, pelo fato do médico não ter obedecido a ordem. O médico disse ainda que, por diversas vezes, tentou mostrar os documentos pessoais, porém, foi impedido porque não lhe davam o direito de defesa.

Ainda durante a entrevista, o capitão Celso, comandante da Força Nacional (Operação Alagoas) foi acionado e entrou no ar para dar a versão policial. O militar afirmou não ser uma orientação da Força Nacional usar a violência contra qualquer cidadão e garantiu que o fato será apurado com urgência.

O capitão Celso lamentou a denúncia, mas adiantou que o trabalho da Força Nacional tem como objetivo combater a violência e que as abordagens vão continuar na cidade. “Quando pedimos para um cidadão colocar as mãos sobre a cabeça, estamos, em primeiro lugar, resguardando a integridade física dos policiais, evitando que haja uma reação por parte do cidadão que está sendo abordado”, frisou o capitão.

Visivelmente irritado, o médico afirmou que nunca foi tão humilhado ao longo dos seus 51 anos de idade. “Não quero aqui, me prevalecer da condição de ser médico e querer um tratamento diferenciado na hora da abordagem, mas ser tratado como cidadão”, desabafou Jonathan Padilha, garantindo que vai procurar todos os órgãos de defesa do cidadão para formalizar a queixa contra o que ele considerou uma violação aos direitos humanos.

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