Matriz de Camaragibe: Juiz nega afastar escrivã de cartório acusada de extorsão

O juiz substituto da comarca de Matriz de Camaragibe, Wilamo de Omena Lopes, negou o pedido de afastamento do cargo da escrivã Maria Cleopatra Sampaio de Mendonça Melo, formulado pelo promotor da cidade, Adriano Jorge Correia de Barros. O promotor ofereceu denúncia contra a escrivã do cartório. A decisão saiu no dia 20 de março.

Ela é acusada de extorsão. Segundo o promotor, Maria Cleopatra cobrava entre R$ 50 e R$ 200 às vítimas com taxas ilegais, pelo cartório da cidade. Uma das vítimas chegou a usar dinheiro do Bolsa Família no pagamento das taxas ilegais. O dinheiro só foi devolvido porque uma defensora pública obrigou a devolução.

Ela chegou a cobrar  R$ 125 para expedir alvará de partilha de bens referente a um processo de separação judicial.

Seis membros da família da escrivã são concursados no cartório da cidade.

“Urge destacar que a suspensão do exercício da função pública pela Indiciada, com fundamento nas argumentações explicitadas na denúncia trata-se de medida drástica, posto que as afirmações não passam de hipóteses, situações hipotéticas que eventualmente podem vir a acontecer, sem suporte probatório robusto capaz de culminar na aplicação da referida suspensão”, disse o magistrado.

Ainda de acordo com o juiz, se Maria Cleopatra for afastada das funções, todos os familiares teriam de ser afastados do cargo, “medida esta impossível no caso em concreto”, completou.

O procedimento contra a escrivã segue no Judiciário.

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