A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, expressou preocupação com a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um novo mandato de quatro anos, que começou com a decisão de retirar o país do Acordo de Paris.
“Começou a confirmar os prognósticos mais pessimistas sobre os tempos desafiadores que virão”, advertiu.
Este tratado global, assinado em 2015, visa limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, buscando mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Os EUA, atualmente o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, atrás apenas da China, têm um papel fundamental na luta contra a crise climática.
Marina criticou os primeiros atos de Trump, que vão contra a promoção de fontes de energia renováveis e a transição energética.
“Resta trabalhar para que a governança climática, hoje mais madura e robusta do que no primeiro governo Trump, crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista, que já inflaciona decisões políticas e empresariais na direção oposta de compromissos firmados anteriormente”, afirmou a ministra.
A ministra também manifestou sua preocupação com a intenção de acabar com o Green New Deal, que propõe um modelo econômico sustentável, e criticou o foco na indústria automotiva tradicional, sem priorização de veículos elétricos.
Em sua declaração, Marina enfatizou a necessidade de fortalecer a governança climática global, que se encontra mais robusta em comparação ao primeiro mandato de Trump, para resistir a tendências negacionistas que podem influenciar decisões políticas e empresariais.
Ela advertiu que os próximos anos sob a administração de Trump serão desafiadores para o mundo e destacou a importância de enfrentar esses desafios com informação, compromisso e capacidade de negociação política.