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Marcha da Maconha: nove detidos e pacandaria

A Marcha da Maconha, realizada em Maceió, foi reprimida pela Rádio Patrulha e o Batalhão de Operações Policiais (Bope) com uso de cassetetes, spray de pimenta e balas de borracha, informaram os organizadores do evento. Nove pessoas foram detidas acusadas de desacato e porte de drogas.

Entre os presos, está o integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, advogado Jonas Cavalcante Guimarães. Dois professores universitários também foram detidos. Os nomes não foram divulgados.

Os detidos estavam, na noite deste domingo (31) na Delegacia Geral da Polícia Civil. Às 21hs30, o presidente da OAB, Thiago Bomfim, chegou ao local. “Vou me inteirar para saber o quê houve”, explicou.

Versão

Segundo Raíssa de Mendonça, 24 anos, uma das participantes da Marcha, Bope e RP abordaram os manifestantes próximo ao Posto Sete, na praia de Jatiúca, por volta das 18hrs.

O argumento- na versão dela- é que os policiais revistariam os integrantes da Marcha em busca de drogas.

‘Daí eles começaram a agressão, com cassetetes e balas de borracha”, disse. Ela foi atingida próximo ao pescoço.

Segundo ela, 300 pessoas participaram da Marcha.

Outro lado

O blog ligou para o coronel Sampaio, do Comando do Policiamento da Capital (CPC), mas ele não atendeu nem retornou às ligações. A assessoria da Polícia Civil também foi contactada, mas nem atendeu nem retornou os contatos.

Segundo um policial civil, cinco viaturas chegaram à sede da PC, no bairro de Jacarecica e mais duas do Bope. Todos estão sendo ouvidos.

STF autoriza Marcha

Em 15 de julho de 2011, em decisão unânime (8 votos), o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a realização da Marcha da Maconha, que reúne manifestantes favoráveis à descriminalização da droga.

Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e iminentes.

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