Acusado de atirar e ferir, na mandíbula, um cachorro no bairro do Poço, em Maceió, o major Coutinho, da Polícia Militar, “tem tido conduta exemplar”, disse o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas. O militar é lotado no gabinete militar do TJ.
De acordo com o desembargador, o major não será exonerado do cargo.
“A Presidência do TJ esclarece que, no exercício de suas funções na Corte de Justiça, o militar tem tido conduta exemplar. Cumpre a contento suas obrigações. Em relação ao ato praticado como cidadão comum, o militar é que deve responder por sua ação, devendo, portanto, explicações à Polícia Militar e a outros órgãos oficiais que demandem justificativas sobre o ocorrido. O militar continua trabalhando no TJ”, disse.
Na última sexta-feira (6), a manicure Lídia Pereira da Silva, moradora da travessa Dona Constança, no bairro do Poço, acusou o militar de atirar contra seu cachorro. Ele é vizinho dela.
De acordo com ela, Bob (nome do cachorro dela) estava na rua quando o cão do militar avançou e os dois começaram a brigar. Segundo ela, Coutinho pegou a arma em casa e atirou em Bob.
“Ele estava muito nervoso e ainda ameaçou atirar outra vez na cabeça do Bob para vê-lo morto. Eu gritei muito pela rua e o chamei de assassino. O meu cão saiu correndo, ensanguentado e o meu vizinho saiu atrás com um saco. Depois, retornou com o saco vazio. Até agora, estava procurando saber onde meu cão estava”, disse a manicure, ao portal Gazetaweb.
O animal foi internado em uma clínica e perdeu parte da mandíbula.
O militar contestou a versão. Disse que atirou em Bob para salvar o seu cachorro. O cão dele se chama Scooby.
“Ele não largava. Ela ficou nervosa e correu. Eu e meu filho ficamos tentando socorrer o meu cachorro, que já estava sufocado. Tentamos puxar a coleira, tentamos tudo. Atirei para separar a briga dos cachorros. Infelizmente pegou no focinho”, disse ao Gazetaweb.
“Ela começou a me chamar de assassino, dizendo que eu iria pagar o que tinha feito, da mesma forma que eu tinha feito com o cachorro dela”, contou ao portal.
O major se ofereceu para pagar as despesas médicas do cão ferido. A corregedoria da PM abriu procedimento para investigar o caso.
4 respostas
Realmente esse major é digno de trabalhar no TJ alagoano.
Deve ter muito serviço prestado ao TJ,vergonha.Nesse Tribunal,talvez sobre apenas o professor Tutmés,o resto não tem credibilidade.
O quer dizer que um miserável que fez a maldade contra o cachorrinho é exemplar?? Que tipo de TJ é esse?? Alagoas VERGONHA NACIONAL.O TJ de Alagoas não fica atrás.Queremos justiça sr. TJ!
Eu nao acredito na versão do policial.