Mãe de jovem morto no Piauí lamenta 'festejos': "Que façam festa, a dor fica comigo"

Correio24horas

A comemoração na cidade de Castelo do Piauí depois da morte de Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, condenado pelo estupro coletivo de quatro garotas, deixou a família do rapaz abalada e preocupada com a segurança. “Que façam festa e comemorem, porque a dor fica comigo mesmo”, disse Elizabeth Vieira, mãe do adolescente, ao G1.

Depois da notícia da morte do adolescente, moradores da cidade chegaram a soltar fogos para comemorar. Segundo o delegado do local, a população ficou “eufórica” com o acontecido.

A família queria enterrar o corpo de Gleison na cidade, mas a mãe confessou que estava temerosa.”Estou com medo da revolta da população, de eles fazerem alguma coisa. Eles podiam deixar pelo menos eu velar e enterrar o corpo do meu filho. Já mataram ele, acabou”, disse ainda Elizabeth. Gleison foi espancado até a morte por outros três adolescentes envolvidos no crime. Todos estavam em uma mesma cela no Centro de Educação Masculino (CEM), em Teresina.

A família acabou desistindo de levar o corpo do garoto para a cidade e o sepultamento aconteceu no no cemitério Santa Cruz, em Teresina. A mãe do garoto, o padrasto e uma tia acompanharam o enterro. Policiais militares e conselheiros tutelares também estiveram presentes.

Os três jovens admitiram que mataram Gleison e não demonstraram arrependimento pelo crime. A primeira informação foi de que o jovem foi atacado quando estava no banheiro, mas há também versão de que ele estava dormindo quando os demais começaram a espancá-lo.

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