Por Silvio Rodrigo
Tio Jota, o JHC (PL) e Tio Rafa, Rafael Brito (MDB), vão protagonizar o duelo eleitoral em Maceió, que acontece em meio ao caos.
O ranking de qualidade de vida da população da capital de Alagoas aparece nas piores posições de acordo com o Índice de Progresso Social – Brasil (IPS Brasil).
Pobreza, desemprego, falta de infraestrutura, déficit habitacional, crime ambiental da Braskem e violência são consequências diretas do subdesenvolvimento, da falta de alternativas econômicas e participação política incipiente das classes populares e trabalhadoras.
O jogo é entre os grandes, na pelicular dança das cadeiras entre as oligarquias. É o controle político do território pela sede de domínio, mas também pela terra, pela institucionalidade decisória e cargos barganháveis sem interesse público.
É claro – e sempre foi assim – que os limites das casas grandes e do latifúndio terminam nas prefeituras e câmaras de vereadores nas municipalidades da província alagoana. Nada novo, de fato.
Mas o duelo entre “Tios” não significa mudança, não significa progresso – eis a palavra maldita – e não traz nenhum frescor de novidade. Regresso e atraso são forças importantes diante do cenário político alagoano, são dispositivos preventivos perante os graduais arroubos de reivindicações políticas dos “de baixo”. Neste xadrez, os peões só se movimentam para proteger o poder.
É assim que opera o ardor politiqueiro entre os pobres, recrutados pelos partidos oligárquicos através da necessidade do pão e do conforto entre os sobrenomes “de peso”. São séculos de história e eles permanecem, um a um, negociando entre os seus.
Dois “Tios” em guerra: nesta luta, o povo é o peão e a grande vitória é a gestão do subdesenvolvimento.