- Coordenador do Nudise, Juliano diz que plano é oportunidade para discutir políticas públicas
A 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT define um cenário preparado para a implementação de políticas voltadas à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, que ainda figura nas estatísticas do preconceito e discriminação a impor obstáculos à cidadania.
Itens como alteração de prenome e sexo jurídico para travestis e trans; representação nos diversos conselhos de direitos; enfrentamento do fundamentalismo religioso nos espaços públicos; fomento e divulgação de pesquisas sobre população LGBT; criação de diretrizes que orientem os sistemas de ensino em todas as modalidades e níveis educacionais na promoção e reconhecimento da diversidade de orientação sexual, entre outros aspectos da vida societária, são resultados de um movimento nacional que culminou na conferência.
Maceió sediou a II Conferência Metropolitana LGBT em 2011, da qual surgiu o compromisso de implementar um Plano Municipal de Políticas Públicas e Cidadania LGBT, que foi trabalhado durante o mês de fevereiro numa oficina de construção coletiva, envolvendo a Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Educação e Movimentos Sociais LGBTs, embora exista uma comissão envolvendo outras secretarias do município.
Juliano Bryto, Coordenador do Núcleo de Estudos da Diversidade Sexual na Escola, da SEMED, afirmou que o Plano visa ações para garantia de direitos sociais dessas demandas, principalmente os mais excluídos do mercado, como travestis e transsexuais, que lidam com uma reação de incômodo da sociedade, provocada pela diferença da identidade de gênero.
“A luta do movimento em nível nacional tem evoluído, isso também influencia Alagoas e Maceió, particularmente. Temos uma Lei municipal que disciplina a discriminação aos homossexuais em locais públicos e estabelecimentos comerciais; em Alagoas a união homoafetiva avançou para o casamento gay, obrigando todos os cartórios civis a realizar o ato. Há um fortaleciemnto na representação e ações por garantias de direitos.”
Alagoas amarra o discurso e a luta contra a homofobia, exigindo esclarecimento para os assassinatos de homossexuais, que infelizmente, ainda ocorrem em grande percentual. Políticas voltadas á educação para o convívio com a diversidade apresentam emergência. Contudo, sem oportunidades de trabalho e respeito à dignidade humana não será possível avançar. O que é mais importante? Tudo é muito importante, quando o tema em questão é a vida, a história, o legado que estamos construindo para a humanidade, nossa grande família.