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Lula enfrenta inimigo pior que Bolsonaro

Brasília (DF), 14/01/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de lançamento do programa Mais Professores, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Nunca se fez tão necessário entender questões políticas, como neste tempo de retorno vociferante do capitalismo predatório em versão que funde suas piores características globais.

É preciso saber que apesar de sermos passageiros neste mundo, outras gerações estarão sucedendo as de agora, e entre elas muitas descendências herdarão aquilo que este momento histórico permitir.

Observar o fluxo da alienação ganhando as mentes e os corações através de meras opiniões de momento, já alertava para o perigo de empoderar vampiros históricos, desde o final do século XX.

A humanidade vacilou. Os poderes democráticos vacilaram. E os cidadãos seguem tontos, sem compreensão do que lhes rouba abruptamente frágeis direitos, porque gastaram toda energia mental na reprodução de coros baseados em notícias falsas e raivas momentâneas, que os levaram ao ódio da verdade.

Neste bojo de desesperança flutua a América. Neste momento político o povo brasileiro manifesta seu desconhecimento, apostando em influencers, reproduzindo ilusões nas redes sociais, enquanto caminha de volta ao abismo que Bolsonaro abriu no país.

Apenas reforçando que Bolsonaro não é o mal por si, portanto não será odiando sua personalidade repugnante que nos tornamos letrados em política. Urge sabermos quem movimenta ideologicamente os ultraliberais destruidores de direitos, quais os objetivos econômicos dos muitos ricos que apoiam o nazifascismo neste século que deveria ser feito de conhecimento, mas virou suco de alienação e ignorância obscurantista.

O que a tecnologia tem a ver com isso? Quem está comandando o pensamento do mundo desde o Vale do Silício? Por que o eleitor brasileiro está atônito, sentindo raiva de Lula e sem expectativa de melhora com políticos de direita e de extrema direita?

As perguntas precisam ser feitas. Buscar, talvez, entender as razões pelas quais os períodos eleitorais podem ser convertidos em estratégias de salvação dessas ameaças, já ajudaria muito. Quem sabe eleger nomes mais progressistas, humanitários e com marcas de sensibilidade social para ocuparem vagas no congresso?

Se cada estado brasileiro resolvesse estancar a carreira dos caciques que se perpetuam na câmara federal e no senado, será que melhoraria o ar de Brasília?

Fato é que este cenário de manutenção da força política em Brasília está soprando contra o povo de maneira insensível. O grotesco quer ser natural, determinar por violência institucionalizada a forma como morreremos enquanto cidadãos, em um país que movimenta muito dinheiro em nome da democracia.

Se Lula não é o melhor nome para a presidência do país em 2026, ainda não existe outro que materialmente nos convença disso, apesar das fraquezas do seu terceiro governo.

Mas como o povo que cultua analfabetismo político vai lidar com este porém, que está acima do fenomênico?

A pobreza está nas casas, e o governo mostra em números que ela diminuiu. O que faz esta conta não fechar?

O debate sério precisa ser feito em rodas de diálogos, mas sabemos que nos púlpitos os ilusionistas estão alcançando milhares através de suas instituições de fé, que se tornaram quartéis do ultraliberalismo, nazifascismo e sionismo. Isso está acontecendo no cotidiano brasileiro, e muitas pessoas estão duvidando da seriedade da pesquisa que aponta que hoje Lula venceria em qualquer cenário, porque elas mesmas estão muito insatisfeitas com o governo.

Analisar publicamente as fraquezas de Lula pode ser um caminho para o entendimento das forças que o enfraquecem, e identificação dos que pretendem seguir ganhando com isso e para onde estes desejam conduzir a nação.

Os termos ditatoriais precisam ser desvelados, revelados e analisados em essência histórica.

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