Lobão nega que estatal vá ajudar Eike

A Petrobrás negocia com o empresário Eike Batista a utilização do Porto do Açu, no norte fluminense, mas o objetivo da petroleira, e do governo brasileiro, é fazer negócios e não ajudar ou resgatar o empresário, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele deu entrevista na sede da Embaixada do Brasil em Washington, onde apresentou, as licitações do setor de petróleo brasileiro a cerca de 50 investidores americanos.

UA Petrobrás não é um órgão para ajudar outras empresas. Ela não fará isso, mas poderá fazer associação, se for do interesse da empresa, no grupo do Eike.” O Porto do Açu é útil para a Petrobrás, frisou Lobão, nos projetos
de produção do pré-sal. Se a estatal fechar acordos com o Eike, a petroleira não vai ter prejuízos, destacou ele Gomo a companhia precisa de portos para a produção no pré-sal, se não fizer uma parceria com o empresário, será com outros investidores.

Questionado por um jornalista americano se a forte queda das ações das empresas de Eike prejudicam o Brasil no exterior, Lobão disse que nos EUA houve quedas acentuadas no setor imobiliário e em ações de bancos, alguns quebraram, e nem por isso a imagem do país ficou ruim. “As empresas inflam, murcham e muitas conseguem se recuperar. É da natureza do negócio.”

Ma mesma entrevista, Lobão afirmou que o esperado código da mineração deve ficar pronto em 15 dias. Os detalhes estão sendo finalizados, mas ele reafirmou que o valor médio dos royalties para exploração do minério de ferro deve ir de 2% para 4%.

Lobão veio aos EUA para apresentar investimentos no setor de óleo e gás, que está sem novas licitações desde 2008. O governo deve anunciar em junho as condições e as áreas que serão ofertadas na 12ª rodada de licitação de exploração de óleo e gás. As áreas que estão em estudo são em terra e incluem as bacias São Francisco, Recôncavo, Paraná, Sergipe/Alagoas, Tucano e Pare-cis. “O Brasil tem uma das mais brilhantes perspectivas para petróleo no mundo”, disse o ministro em sua apresentação.

As informações são do Estadão

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