O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele foi levado ontem
As especulações sobre Lobão aumentaram quando o ministro não compareceu a duas reuniões ontem, no Palácio do Planalto, nas quais estava prevista sua presença.
Pela manhã, Lobão deveria participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) para discutir as medidas já tomadas e por tomar no setor elétrico. À tarde, o ministro faltou a uma audiência prevista com a presidente Dilma Rousseff. Em seu lugar foi o secretário-executivo Márcio Zimmermann.
Segundo a assessoria do ministério, Lobão voltou bastante gripado de Manaus. Passou a terça-feira com febre, por isso cancelou uma viagem a São Paulo e até os eventos marcados para Brasília. Na quarta-feira, piorou e nem foi com Dilma à inauguração da usina de Estreito, no Maranhão.
À noite, foi para o Hospital Brasília e ficou internado. Com a queda de pressão e a suspeita de AVC, Lobão viajou para São Paulo, por insistência da família e de amigos como o senador José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, que teve uma audiência com a presidente Dilma.
Com as informações desencontradas sobre Lobão, chegou a ser especulado que ele estaria de volta ao Senado, para concorrer à presidência da Casa no início de 2013.
Na realidade, a presidente Dilma já teve essa conversa com o ministro, há alguns meses. Ela considerava a solução ideal para a sucessão no Senado.
Isso pouparia o senador Renan Calheiros (AL), que é o candidato da bancada do PMDB do Senado, do constrangimento de novas denúncias e mesmo da volta à imprensa de acusações que levaram o senador alagoano – como a de que tinha despesas pessoais pagas por uma empreiteira – a renunciar à presidência da Casa, em 2007.
Lobão, no entanto, disse à presidente que preferia ficar, pois estava bastante satisfeito com a função de ministro, e que não gostaria que o filho (Lobão Filho, seu suplente) deixasse de ser senador.
Lobão é um dos ministros prediletos de Dilma. Sempre tem o que dizer quando a presidente quer saber de algum detalhe sobre projetos do ministério e não lhe cria problemas políticos. A bancada do PMDB também informou Dilma que seu candidato à presidência do Senado é o líder Renan Calheiros. Diante disso, a presidente desistiu de fazer qualquer mudança no ministério.
As informações são do Valor Econômico