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Livre para o Espiritismo!

Caminheiro se faz ao caminhar! Verdade aprendida nas cantorias romeiras, nos tempos de catolicismo inspirado na Teologia da Libertação – um prêmio da vida aos tempos de juventude!

Lá se vai o caminho, grande e comprido na frente dos olhos. Embaça poeira, rosto limpo pelas lágrimas e passos incentivados pelos risos. Caminhando se chega a algum lugar.

Espiritismo foi meu aconchego sem me importar se era rimado pelo amor ou pela dor, foi sendo um caminho novo para quem não cansava de tentar chegar.

Tudo certinho como mandava o figurino. Nem raiva podia sentir para não alimentar as forças negativas. Era uma jornada de ilusões massivas. Mas nunca faltou amor nas linhas da vida. Mesmo na restrição do pensamento os fluidos das vontades amenas cediam largos momentos de pacificação.

No lado de fora a opressão e as lutas desiguais incomodavam mas era um tempo no qual parecia que todo povo rezava mais. Correção: orava! Porque até mesmo por estes pequenos detalhes a gente brigava, mas eram sinais da busca por perfeição.

Fui feliz e tentei não infelicitar. Em muitas palestras repeti coisas que hoje não diria e peço mil perdões aos que acreditaram na minha voz irrefletida. Caminhando a gente aprende a caminhar…mas às vezes existem atalhos e geralmente não são indicados ao livre pensar!

Espiritismo nesta alma de encantamentos é luz que não pede túnel nem mesmo fim, mas espaço livre e firmamento para firmar o livre pensamento, nestas estradas sem amarras que abraça meus pés em poeiras.

Caminhando senti que não pertenço, eu escolho!

Aos grupos amigos um alô e o abrigo neste coração de poesias próximas e distantes, apenas isso.

Caminho decepcionando quem espera, induz e acredita que vou seguir seus parâmetros. Decepção consciente e capaz de arcar com os riscos dos cancelamentos!

Efeitos da ética pessoal nos rumos do livre pensamento.

Apenas um átomo na imensidão criada, sem grandes efeitos nem egolatria armada, apenas mais um espírito em caminhada. Que alegria vestir esta convicção!

Driblar as sanhas possuidoras tem sido marca deixada na estrada. Poeira, sofrimento, experiências desalmadas. O preço das solidões que todo poeta um dia paga.

Espiritismo é um encontro com os esquecidos e banidos das rodas sociais, sem necessariamente ter que banir. A voz do caminheiro espírita é água fresca e suas mãos são partilhas de esperança e pão.

Algumas lutas terrenas são alcançadas pela boa vontade e outras apenas pela prece que rasga o infinito. Não somos solucionadores de problemas. Somos espíritos tantas vezes problemáticos! Por isso estamos a caminho, buscando o rumo do amor.

Marcas de gratidão vão ficando pelo chão. Chão de corpos caídos e erguidos! Sangue derramado e espíritos resgatados! Chão que abraça corpos cansados, renova corpos desgastados e faz brotar o amanhã.

Caminhada infinita da vida irmã!

Espiritismo é o primeiro raio de luz de cada nova manhã!

 

 

SOBRE O AUTOR

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