Incensado pelo espírito momesco, o presidente da Câmara acompanhou o desfile da Beija-Flor na noite deste domingo.
E talvez influenciado pela carnavalha, levou para a Marques de Sapucaí não propriamente uma fantasia. Mas um gesto de Pilatos.
Mostrou-o à revista Veja, ao falar sobre as mais novas investigações da Polícia Federal que atingem Jair Bolsonaro.
“Isso é com a Polícia Federal e com a justiça. Vamos deixar que elas corram dentro da normalidade jurídica”, disse.
Lavando as mãos, continuou:
“Não tem nenhuma postura que o Congresso possa fazer após ações da PF. Tem as ações políticas e jurídicas do Congresso, leis que são votadas para arrumar as situações”.
Em seguida, jogou o problema para o brasileiro comum, o mesmo que acompanhou, estarrecido, o enterro de mais de uma centena de pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro. Funeral sob os auspícios de Lira, que presidia a Câmara e ainda sonha com um parlamentarismo meia boca:
“Acho que nesse momento a polarização no Brasil faz muito mal, seja de qualquer lado. A principal fonte da democracia são os partidos políticos. Eles não podem ser maculados. A gente espera que como em outras investigações, do PT e de outros partidos políticos, não foram, o PL agora não tem que responder por atos individuais. A democracia requer partidos fortes”, disse.
Arthur Lira – é bom lembrar- presidia a Câmara em meio a pandemia. 700 mil mortos por inação do presidente da República e dele próprio, Lira.