Mais de 100 médicos em Alagoas ganham R$ 40 mil, R$ 50 mil com plantões na rede pública. A situação, explica o líder do Governo, Sílvio Camelo (PV), existe por causa da alta demanda por profissionais da saúde, na pandemia.
O caso dos plantões médicos foi denunciado nesta quarta, na Assembleia Legislativa, pelo deputado Davi Maia (DEM).
“A procura aumentou e existem especialidades com menos profissionais capacitados”, disse Camelo.
“O deputado Davi Maia citou os meses de abril e maio, quando estávamos no pico da segunda onda. Os valores se tornam expressivos nestes meses pelo fato da necessidade dos médicos darem vários plantões em hospitais, UPAs, no combate a Covid. O valor por plantão é de R$ 4 mil, mesmo valor pago nos filantrópicos”, analisou o líder do Governo.
Há médicos em plantão de sobreaviso, quando eles ficam à espera do chamado do hospital, explica Camelo.
O caso
O caso dos plantões de profissionais da saúde na rede pública alagoana veio à tona porque Davi Maia denuncia o que chama de esquema de corrupção, na Secretaria Estadual de Saúde. Ele citou Alexandre Ayres, que é o secretário, e sargento Ramalho, executivo da pasta.
Marcos Ramalho ou sargento Ramalho, como é conhecido, é também bombeiro militar e intensivista do SAMU, além de coordenador da campanha a deputado estadual de Ayres.
O sargento chegou a ganhar R$ 70 mil o que, para Maia, é ilegal.
Líder explica
Sílvio Camelo discorda. E explicou que, em torno de 15 plantões mais o seu salário mensal, Ramalho recebeu este valor. Situação bastante semelhante a outros profissionais.
“Tudo está publicado no portal Transparência”, explica Camelo. “O Davi distorceu informações”, analisa.
O parlamentar da oposição quer que a Casa assine pedido de CPI para investigar a Saúde estadual.
“Não existe clima para uma comissão na Casa”, opina Sílvio Camelo.