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Letargia dos candidatos pouco anima eleitores

Muitas são as celebrações – algumas exageradas- após a entrada de Fernando Collor na disputa ao Governo de Alagoas. O que demonstra a letargia dos candidatos postos até agora, apostando em mais ou menos capacidade de trazer malas abarrotadas de dinheiro de Brasília para Alagoas “sair do atraso”.

Ora, bem sabemos que malas cheias de dinheiro forraram mesmo os bolsos e os interesses de notórios personagens locais, sem que órgãos de investigação ou a Justiça lhes tirasse o ânimo de seguir adiante.

O pouco estímulo do eleitor com o que temos à disposição nas eleições também é pela ausência de planos ou ideias.

Queda de arrecadação, inflação, desemprego combinando ainda fome, miséria, analfabetismo pouco ou quase nada merecem a atenção dos postulantes ao Palácio República dos Palmares. A desigual distribuição do saneamento básico, acesso a cidadania muito deficiente, abismo social são outras questões que parecem indignas de serem abordadas a tão inteligentes criaturas cheias de qualidades.

Interessa mais o mundo das sensações das redes sociais, as bocas arreganhadas e cheias de sorrisos permanentes, o irreal, o imaterial, um permanente encantamento.

O próximo governador não herdará somente prestígio, status e dívidas dos empréstimos tomados ao longo dos anos. Há o contexto nacional, os interesses locais, os desafios que desde sempre estão aí.

Conforme as pesquisas, há dúvidas. Daí Collor surge repetindo uma certeza: tem experiência na administração alem de Bolsonaro a tira-colo. Isso é o suficiente? As pesquisas daqui em diante darão o recado. Para Elle e os outros.

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