Repórter Nordeste

Lava Jato: Biu de Lira contesta PF e diz que doação para campanha foi legal

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O senador Benedito de Lira (PP) negou- em nota enviada ao blog- “envolvimento com essas pessoas nem mal feitos”- ao se referir à conclusão dos inquéritos abertos pela Polícia Federal em que se aponta indícios de corrupção contra ele e o filho, o deputado federal Arthur Lira (PP).

O senador Benedito de Lira não tem envolvimento com essas pessoas nem mal feitos. O relatório da investigação comete um equívoco, pois tem como referência uma doação declarada na prestação de contas da campanha eleitoral de 2010. O senador aguarda serenamente a decisão do Supremo Tribunal Federal”.

Segundo o G1, a Polícia Federal apontou indícios de corrupção passiva após a conclusão dos inquéritos abertos para apurar a participação de ambos no esquema de corrupção que atuava na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. De acordo com as investigações, há suspeita de que os dois parlamentares receberam propina no esquema.

O ministro Teori Zavascki, responsável pelos inquéritos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), já enviou o relatório da PF para análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que decidirá se apresenta denúncia contra os dois parlamentares.

Janot pode ainda solicitar mais diligências da PF, caso considere que o caso precisa de mais provas, ou decidir pelo arquivamento do inquérito.

Durante as investigações, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, que repassou R$ 1 milhão, por intermédio do doleiro Alberto Youssef, para a campanha de 2010 ao Senado de Benedito de Lira.

O valor, segundo Costa, teria saído da “cota” destinada ao PP no esquema de corrupção e seria decorrente de sobrepreços em contratos da Petrobras.

No caso do deputado Arthur Lira, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Youssef afirmou, também em delação premiada, que teria pago despesas de campanha do parlamentar em 2010.

O doleiro também disse que soube que um assessor do deputado recebeu R$ 100 mil em espécie, mas que ele teria sido detido com o dinheiro no Aeroporto de Congonhas. De acordo com Youssef, o deputado recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da “cota” do PP no esquema de corrupção.

Com G1

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