Repórter Nordeste

Laudo chega às mãos da polícia na quinta-feira

Foto:Reprodução

Diário de Pernambuco

O Instituto de Criminalística (IC) deverá encaminhar, na próxima quinta-feira, ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) o laudo que aponta a provável causa da morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos. A perícia é a peça que falta para a polícia concluir o inquérito e pode, inclusive, mudar os rumos da investigação.

Isso porque, até então, a hipótese mais forte trabalhada pela polícia é a de que o empresário tenha sido assassinado. Já o laudo do IC poderá concluir que a vítima se suicidou.

Sérgio Falcão foi encontrado morto com um tiro na boca dentro de seu apartamento, no Edifício 14 Bis, na Avenida Boa Viagem, em 28 de agosto do ano passado. Como ninguém teria presenciado a morte, o laudo técnico do IC pode ser decisivo para o indiciamento ou não do policial militar aposentado Jailson Melo, 53. Ele fazia a segurança da família e pode ter praticado o crime a mando de outra pessoa.

“O laudo é fundamental para o inquérito porque não há testemunhas na cena do crime. Estamos aguardando apenas isso para dar continuidade ao nosso trabalho”, explicou a delegada do DHPP Vilaneida Aguiar.

O relatório do IC está pronto desde a semana passada, mas não foi entregue ao DHPP ainda porque está passando por um rigoroso processo de revisão.

Com mais de 800 páginas e mais de 500 fotos, dividido em dois volumes, o trabalho dos peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos está sendo revisado por uma junta de quatro profissionais da cúpula do IC com o auxílio dos dois peritos. A análise, no entanto, não mudaria o resultado apontado pela perícia.

“O objetivo dessa revisão é que o relatório não saia com falhas, mas não é nada que vá modificar sua conclusão. O perito é independente e responsável pelo trabalho dele”, esclareceu o chefe administrativo do IC, Claudianor Farias.

A delegada Vilaneida Aguiar disse que não iria comentar o trabalho do IC até que tenha recebido e lido o relatório. No entanto, adiantou que, caso o resultado apontado não seja convincente, poderá indagar os peritos para que esclareçam possíveis pontos discordantes da investigação e mesmo solicitar nova perícia, que seria realizada por outros profissionais.

“Mas só posso indagar aquilo que estou vendo e, oficialmente, não há nada posto”, ressaltou.

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