O governo de Alagoas tinha participação acionária no empreendimento hoteleiro que funciona na área da Lagoa da Anta, mas os papéis sumiram.
A apuração é do EXTRA, a partir de investigações realizadas por este repórter.
Há 51 anos (31/8/1973) o governo desapropriou a área pública em favor da Arthur Lundgren Hoteis do Nordeste S/A.
Em 17/12/1974 o então governador Afrânio Lages autorizou, através da lei 3.419, a instalação do empreendimento privado.
O acordo previa o seguinte:
– “participação do Estado em qualquer grupo encarregado da instalação de Hotéis, objetivando a construção de mais uma unidade hoteleira na cidade de Maceió”, conforme trecho do documento transcrito na ata da Assembleia Geral Extraordinária do grupo Lundgren, realizada em 15/7/1977 e publicada nos jornais de maior circulação da época;
– participação do Estado no empreendimento: “mediante a subscrição de ações ordinárias no valor não inferior a Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros), integralizado através de incorporação do terreno denominado “Lagoa da Anta”, de sua propriedade”.
– “O Governador do Estado poderá transferir no todo ou em parte as ações que o Estado possuir, no Grupo Hoteleiro, para a Empresa Alagoana de Turismo S.A. — EMATUR, desde que a operação, a seu critério, convenha aos interesses da Administração”.
A Ematur deixou de existir no início dos anos 2000, no rastro de empresas públicas dissolvidas por funcionarem quase exclusivamente como cabides de emprego a apadrinhados.