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Justiça negou prisão a conselheiro do TC por faltar ‘cela especial’ em Alagoas

A organização não-governamental Transparência Brasil traçou um perfil de todos os tribunais de contas- incluído o da União- no País. E traz um capítulo especial para a corte presidida por Cícero Amélio da Silva.

O relatório é do mês de abril. Veja íntegra: Transparência Brasil – Tribunais de Contas (Abril 2014)

Vendo o diagnóstico, o leitor precisa evitar a confusão. Os currículos dos conselheiros parecem um passeio pelo Código Penal.

Trata-se, porém, de um presídio de alto luxo, requinte e sofisticação.

Luiz Eustáquio Toledo, por exemplo, aparece no relatório com sua condenação “de seis anos de prisão por homicídio”. Matou a esposa, “fugiu para evitar o flagrante” e não foi preso “pois a Justiça alagoana não encontrou cela especial para ele, que tinha direito a regalias por deter curso superior”.

Mais inusitado: “Durante o cumprimento da pena, Toledo trabalhava no TCE e, à noite, dormia no Corpo de Bombeiros”.

E o conselheiro (aposentado) Isnaldo Bulhões Barros? “Foram julgadas irregulares suas prestações de contas referentes a convênio celebrado com a Fundação Educar e a repasses recebidos do governo federal, quando o conselheiro exercia o mandato de prefeito de Santana de Ipanema”.

Para sustentar os criminosos, o TC cobra uma fatura alta: seu orçamento equivale à metade da Assembleia Legislativa.
Veja mais: Transparência Brasil – Tribunais de Contas (Abril 2014)

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