Mais uma vez, o júri popular do empresário Saulo Almeida da Silva, o “Saulo Bananeira”, acusado de assassinar o instrutor de autoescola Alisson Bastos Ferro, não aconteceu. A primeira data marcada foi 31 de outubro, mas o julgamento foi adiado porque a Defensoria Pública havia ingressado com pedido para atuar na assistência de acusação.
Na manhã de ontem, o juiz titular substituto da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, José Miranda dos Santos Júnior, abriu a sessão do julgamento apenas parainformar que o promotor do caso, José Neto, pediu desaforamento do júri para Maceió. O argumento do Ministério Público foi de que os jurados do caso, que haviam sido sorteados na sessão ocorrida em outubro, haviam sido assediados por parentes do réu.
Diante da possibilidade de um júri tendencioso ante o poder econômico dafamília de Saulo Bananeira, o promotor encaminhou ao Tribunal de Justiça solicitação para que o júri aconteça em Maceió. O pedido de desaforamento só deverá ser apreciado após o fim do recesso judiciário.
“Apesar de eles ganharem tempo, acho melhor que o julgamento seja em Maceió e não aqui. A família Bananeira tem muita influência em Arapiraca e demonstrou isso quando foi procurar algumas das pessoas que haviam sido escolhidas como juradas”, afirmou Lianarde Nunes Ferro, mãe da vítima. Ela declarou também que pretende apresentar denúncia contra supostas regalias que Saulo Bananeira teria na Casa de Custódia de Arapiraca.
As informações são da Gazeta de Alagoas
