Jovens foram condenados após homicídio para comprovar “psicopatia”; entenda

Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, em Goiânia — Foto: Arquivo Pessoal/Eliana Laureano

Na terça-feira (29), o Tribunal de Justiça de Goiânia (GO) condenou Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues pelo assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, que ocorreu em agosto de 2021. A jovem foi chamada para passear pelos acusados e acabou sendo atacada e morta.

O caso se iniciou em setembro de 2021, quando três pessoas foram presas pela Polícia Civil de Goiás sob acusação de matar Ariane Bárbara. O objetivo do crime era provar que Raissa Nunes, na época menor de idade, era psicopata.

Além dela, um rapaz de 22 anos e uma jovem de 19 também teriam participado do ataque. As investigações apontaram que Raissa enforcou e esfaqueou Ariane, escondendo o corpo em uma área de mata no bairro de Setor Jaó, em Goiânia.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcos de Oliveira Gomes, o crime foi premeditado e o grupo tinha uma lista de possíveis alvos, sendo Ariane escolhida por ter um porte físico magro. O assassinato ocorreu dentro de um carro, onde os acusados colocaram uma música específica e, após um estalar de dedos de Jeferson, enforcaram e esfaquearam a vítima.

Ariane ficou desaparecida por mais de quinze dias até que seu corpo foi encontrado por um morador que sentiu um cheiro forte. Durante esse período, os suspeitos agiram normalmente e até expressaram solidariedade à mãe da vítima por meio de mensagens. Posteriormente, Raissa confessou o crime e entregou seus amigos às autoridades.

As penas de Raissa e Jeferson somam 29 anos de prisão, sendo 15 anos para Raissa e 14 anos para Jeferson. Ambos foram diagnosticados com transtornos mistos de personalidade, mas foram considerados capazes de entender o que estavam fazendo. Ambos cumprirão suas penas na Penitenciária Odemir Guimarães em Aparecida de Goiânia.

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