Jornalista Lucas Fortuna foi vítima de latrocínio, conclui a polícia

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Diário de Pernambuco

O jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna foi vítima de um latrocínio: roubo seguido de morte. A conclusão da polícia foi informada na manhã de hoje durante a apresentação do inquérito policial, na sede operacional da Polícia Civil, no Recife.

As investigações apontaram que os dois suspeitos presos ontem, Felipe Maurício da Silva Livino, 20 anos, e Leonardo Manoel da Silva, 18 anos, roubaram e mataram o jovem de 28 anos, nas proximidades da pousada em que o jornalista estava hospedado, na praia de Gaibu, litoral sul de Pernambuco.

Na noite de 18 de novembro, Lucas Fortuna teria saído da pousada acompanhado por dois desconhecidos em direção às pedras da praia de Gaibu, onde a dupla teria assaltado e matado o jornalista.

Após o crime, os homens ainda teriam trocaram de roupa e tentado entrar no quarto da vítima usando a chave roubada. A entrada no estabelecimento, no entanto, não teria sido permitida pela recepcionista.

Com os suspeitos, a polícia encontrou o telefone celular da vítima. Um deles estava no interior do estado e o segundo foi preso na noite de ontem e encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O corpo de Lucas foi encontrado só de cuecas e com hematomas na praia de Calhetas, no município do Cabo de Santo Agostinho, causando suspeitas de crime homofóbico.O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou afogamento como causa da morte.

O crime repercutiu em todo o país através da mídia e das redes sociais. Lucas Fortuna, era de Goiás, mas estava no estado para atuar como árbitro em um campeonato de voleibol. Militante da causa LGBT e gay assumido, foi fundador do Grupo Colcha de Retalhos, em prol dos direitos homoafetivos, e organizou paradas da diversidade em seu estado.

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