Jornal: presidente do Santos diz que lesão de Ganso é “incurável”

Terra

Após ser apresentado perante mais de 40 mil são-paulinos no último domingo, no Estádio do Morumbi, Paulo Henrique Ganso ainda é assunto nos bastidores de seu ex-clube. Presente no evento que sorteou a chave do Mundial de Clubes da Fifa, realizado nesta última segunda-feira, na Suíça, o presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, fez questão de dizer que o problema físico do jogador “é sério”. De acordo com publicação desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o mandatário alvinegro afirmou que o clube tricolor terá que “acompanhar com muito cuidado” o quadro clínico do meia e que a lesão de Ganso é “incurável”.

Nos últimos meses, o ex-camisa 10 santista tem sofrido por sua situação física e, mesmo durante a transferência, voltou a sentir dores. De acordo com a publicação, Luis Álvaro insistiu que estava “aliviado” com a negociação e deixou claro que “não aguentava mais” os capítulos da “novela Ganso”.

O mandatário alvinegro ressaltou que a saída do jogador foi a melhor solução. O cartola disse que Ganso recebeu quatro propostas diferentes para ficar no Santos e que, na última, ele ganharia R$ 420 mil, contra os R$ 350 mil mensais que vai receber pelo novo contrato com o São Paulo. O presidente santista afirmou que, mesmo recebendo mais no seu ex-clube, o meia “não queria mais jogar no Santos”. O dirigente ainda confirmou que a venda de Ganso resultou no “fim do casamento” entre o clube e a empresa DIS, do Grupo Sonda. A companhia tem 55% dos direitos de Ganso e 40% de Neymar.

De camisa 10 ideal a meia contestado

Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.

A trajetória de Ganso – que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo – teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.

A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu  a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.

A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.

No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.

Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino para Ganso se tornou justamente o rival São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain. O meia, dessa forma, rompe o contrato com a equipe praiana, com final estipulado para fevereiro de 2015.

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