José Armando Vannucci- Jovem Pan
A “Propaganda Eleitoral” foi o grande inimigo do “Jornal Nacional”, que viu seus índices caírem no segundo semestre deste ano. O horário obrigatório destinado aos partidos políticos começou no dia 21 de agosto e, enquanto esteve no ar, obrigou a Globo a puxar o “JN” para às 20h, meia hora antes do que o público estava acostumado. O principal telejornal do país fechou julho com 30,7 de média na Grande São Paulo. Em agosto, com apenas 10 noites de propaganda política, o “Jornal Nacional” caiu para 27,9, uma redução pequena, mas apenas o começo de uma queda que ainda não foi freada. Em setembro, o “JN” perdeu 3,6 pontos na média e fechou com 24,3. O sinal de alerta foi acionado. Em outubro houve uma recuperação de dois pontos, mas em novembro voltou a cair aqui em São Paulo, a principal praça comercial. No mês passado, o índice foi de 23,8, uma redução de 31,5% na audiência do “Jornal Nacional” desde janeiro de 2012. A queda continua. Até o dia 17 de dezembro, a média do ‘JN” no último mês do ano é de 22,8.
No Painel Nacional de Televisão, que mede a audiência em todo o território nacional, o índice do “Jornal Nacional” também caiu, mas num patamar menor. Em janeiro, o JN marcou 31,9 e em novembro 26,7, uma redução de 20%. A audiência do principal telejornal do país é maior em capitais do Nordeste e no Sul do país.
Os especialistas em estratégias na TV garantem que durante o horário político obrigatório muitas pessoas descobriram a programação da TV por assinatura e se envolveram com séries especiais, seriados e outras produções, mudando seu comportamento diante da televisão. É importante destacar que, na faixa do “Jornal Nacional”, outras emissoras também sofreram queda de audiência durante a exibição da propaganda política gratuita. O SBT conseguiu manter 11 de média em agosto e setembro, caiu para 9,7 em outubro e voltou para 10,5 em novembro. A Record caiu de 5,9 de média em julho para 4,7 em setembro. Em novembro, na faixa do confronto com o “Jornal Nacional”, subiu para 6,6 pontos. A Band e a Rede TV registraram poucas oscilações.
