JL muda pela sexta vez de partido. Agora, ele é PSD

Deputado federal, de 79 anos, esconde desejo de ser governador; e evita reclamar do antigo desafeto: Teotonio Vilela Filho

Odilon Rios
Do Repórter Alagoas

O deputado federal João Lyra (PTB) não assume que a mudança para o PSD tenta uma vinculação com uma possível candidatura dele ao Governo em 2014. Com 79 anos, Lyra vai para o sexto partido. Começou no PDS, passou pelo PMDB, PSC, voltou ao PMDB, saiu para o PSDB, foi ao PTB e agora, PSD.

Críticas ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)? O deputado federal evita reclamar do antigo desafeto político. E não opina sobre o Governo. E sobre as greves? “Nunca vi um Estado sem greve”. Veja entrevista coletiva, concedida na tarde de sábado.

Por que está deixando o PTB? Qual a insatisfação?

Você não pode dizer que estou saindo do PTB. As circunstâncias estão levando a mudar de partido, um partido novo, cheio de ideias novas me levam a isso. Apesar de eu gostar muito do PTB, do Roberto Jeferson, do Fernando Collor, só que vamos ter mais alguns espaços.

Então, se prepara para ser candidato ao Governo de Alagoas?

Não, não tem nada a ver. É uma questão partidária.

E a mudança de partido tem a ver com uma reaproximação com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)?

Não. Nada a ver.

Como anda sua relação com o governador?

Aquela que deve ser de qualquer político de um estado com o Governo deste estado.

A mesma relação de 2006, depois da eleição?

Não, é uma questão partidária, de política. Ele tem uma certa ideia e eu tenho outra. Eu tenho relações pessoais com Teotonio.

E os primeiros 200 dias do segundo mandato do governador? Como avalia?

Não posso fazer julgamento nenhum. Ele é quem está tocando, muitas coisas estão sendo feitas.

Mas, o Estado beira a uma greve geral de servidores. Não identifica insatisfação do funcionalismo público?

Você é quem diz que o Estado está em greve. Greves existem muitas por aí. Nunca vi um Estado sem greve.

Mas, é a ameaça de muitas greves, ao mesmo tempo. Não é preocupante?

Meu filho, vou lhe dizer uma coisa: tudo na vida é preocupante.

E a avaliação do encontro com Gilberto Kassab?

Não poderia ter sido melhor. Um encontro improvisado em 24 horas e colocar esta quantidade de prefeitos aqui. É muito bom.

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