O efeito Bolsonaro em Brasília faz a palavra de Arthur Lira valer menos, num contexto em que a confiança e o lobby andam juntos nos corredores do poder.
E nestes corredores não existe paz nem amor, mas interesses. Ter ou não ter É A questão.
Bolsonaro anunciou aumento do IOF para bancar o seu Auxílio Brasil. A medida vale de 20 de setembro a 31 de dezembro.
Arthur Lira, amigo-irmão do presidente da República, disse que o Congresso não havia sido consultado.
Lira não costuma ouvir as redes sociais nem a opinião pública. Mas teme os donos do dinheiro. Neste caso, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
E o que diz a poderosa federação? Aumento do IOF mais a alta da taxa básica de juros “penaliza as pessoas e as empresas num momento de frágil recuperação dos impactos econômicos da pandemia”.
As famílias brasileiras estão endividadas- afinal, quem recebeu o auxílio emergencial de 800 dólares propalado por Bolsonaro na ONU? Dívidas significam menos consumo, o que prejudica as empresas.
O IOF atinge em cheio os dependentes e os endividados nos cartões de crédito, além dos pendurados pelo cheque especial.
São os mais pobres os atingidos pelo mais novo pacote de maldades da dupla Guedes & Bolsonaro.
Afinal, o mercado não tem compaixão nem ódio. Só quer o dinheiro.
Quanto valerá a palavra de Arthur Lira junto a Fiesp? Mais que o Real?
Talvez, talvez…