Apesar de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado que até março houvesse a formulação de um plano nacional de vacinação à população quilombola, Alagoas deixou à margem os descendentes mais diretos destes focos de resistência contra a escravidão, já tornados invisíveis no dia a dia e agora mais ainda em tempos de pandemia, vacina para poucos e nada de prioridades a quem deveria receber do Estado a tal prioridade.
O Ministério da Saúde elaborou este plano, justificou incluir os quilombolas nas prioridades. Porque existe fragilidade social envolvendo esta população. São comunidades que ficam em lugares distantes, de difícil acesso e que, nestas terras, possuem sua ancestralidade.
Este vínculo com a terra e a vida social são garantidos pela Constituição.
Você, amigo leitor, que mora em sua casa e defende o chão que pisa sabe o que estou falando.
Nenhum destes pontos foi levado em conta. Se existirem quilombolas vacinados em Alagoas são pelo critério de idade não pelo que definiu o STF. 51 cidades registram comunidades deste tipo.
Porque até hoje o Governo estadual não definiu um plano, para estas comunidades, que é definido pelo Ministério da Saúde: organizar logística para distribuição das vacinas, com envio de dados ao Governo Federal sobre este cronograma de vacinação.
Sem representatividade política, os quilombolas serão os últimos dos últimos a serem vacinados. Se sobrarem vacinas.