Influenciadores brasileiros ficam presos em Israel após revide do Irã

Os influenciadores brasileiros Beto Martinne e Murilo Lorran, conhecidos por sua atuação nas redes sociais com milhões de seguidores, enfrentam dias de incerteza em Tel Aviv, Israel, após o agravamento do conflito entre Israel e Irã. Eles haviam viajado ao país a convite do consulado israelense para participar da Parada LGBTQIAPN+ de Tel Aviv, considerada uma das maiores do mundo.

A visita, inicialmente voltada à divulgação cultural e ao fortalecimento de laços entre comunidades LGBTQIAPN+, coincidiu com o início da Operação Rising Lion, ofensiva militar conduzida por Israel contra alvos no Irã, ocorrida em 13 de junho.

A resposta iraniana, com ataques de drones e mísseis, levou ao fechamento imediato do aeroporto internacional Ben Gurion, principal porta de saída do país. Com isso, Beto e Murilo ficaram impedidos de retornar ao Brasil e atualmente permanecem hospedados em um hotel na cidade.

Nas redes sociais, os dois têm feito relatos esporádicos sobre a situação. Em uma das postagens, já deletada, Beto desabafou: “Ai quanta gente podre! Só sei que tô com meu psicológico arrasado e querendo voltar pra casa!” Em outro momento, afirmou que os dois estão bem, seguros, e “recebendo todo suporte necessário”.

Apesar do convite oficial e da viagem estar programada para uma área considerada segura no momento da partida, os influenciadores enfrentaram críticas de internautas por estarem em um território de risco. Alguns seguidores questionaram a escolha do destino em meio ao contexto tenso do Oriente Médio. Beto rebateu dizendo que a decisão foi feita com base em informações seguras fornecidas pelo consulado.

O clima nas redes oscilou entre o apoio de fãs preocupados com a segurança dos dois e manifestações negativas que os responsabilizavam pela viagem. Diante da repercussão, parte das postagens foi apagada e os dois adotaram uma postura mais discreta nas redes.

Até o momento, não há previsão de reabertura do aeroporto, e o Ministério das Relações Exteriores ainda não divulgou informações específicas sobre possíveis operações de repatriação. A Embaixada do Brasil em Tel Aviv orienta brasileiros no país a manterem contato com os canais diplomáticos para atualizações e apoio.

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