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Indicação de novo ministro do Supremo vaza

Zero Hora

Informações desencontradas em relação à escolha do novo ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) provocaram confusão no início da noite desta sexta-feira. Após ter sido noticiada a opção de Dilma Rousseff pelo advogado tributarista Heleno Torres, o Planalto negou que a presidente tenha tomado a decisão.

Até mesmo a Agência Brasil, ligada ao governo federal, divulgou a decisão, por volta das 19h. Pouco depois, lançou nota afirmando que havia errado. “A assessoria do Palácio do Planalto informou que, ao contrário do que divulgamos, a presidente Dilma Rousseff ainda não escolheu quem ocupará a vaga aberta com a aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto”, escreveu a agência.

A confusão também gerou constrangimento ao professor da USP e jornalista Gaudencio Torquato. No Twitter, ele escreveu que, em almoço com Torres, o tributarista confirmou ter sido escolhido para assumir cadeira no Supremo.

“No almoço, Heleno Torres me comunicou que foi escolhido para o Supremo. E me convidou para a posse. Claro que irei. Grande jurista”, escreveu Torquato na rede social. Depois, voltou atrás dizendo ter se enganado. “Corrigindo: entendi errado. Heleno Torres não foi escolhido STF. Me disse: se for, vc está convidado. Ouvido mouco ouve só o bom”, escreveu.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente se irritou com o vazamento de informações sobre a escolha do ministro. Na noite de quinta-feira, Torres esteve no Planalto acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e participou de uma conversa reservada com a presidente.

Ao site Consultor Jurídico, Torres confirmou o encontro com a presidente, mas disse que não foi convidado para o Supremo:

— Conversamos sobre o cargo e fiz uma apresentação técnica, mas não recebi convite.

Segundo Torres, a presidente falará com outras pessoas antes de tomar a decisão. Nos bastidores, no entanto, encontros como este são considerados o momento para o convite. Interlocutores da presidente afirmam que a decisão só será tomada na semana que vem.

Torres é ligado a Ricardo Lewandowski, que foi relator do processo do mensalão, e também ao prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT). O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, é o outro padrinho de sua indicação.

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