O Instituto do Meio Ambiente (IMA) encaminhou à CPI da Braskem documentos que acusam a Braskem de mentir e falsificar relatórios e assim obter licença ambiental para seguir explorando sal-gema, mesmo sob risco de afundamento do solo.
Ainda falta a palavra da empresa, que terá sua direção chamada para a comissão que investiga o afundamento do solo em Maceió. É com base nestes documentos do órgão estadual que o senador Rodrigo Cunha (Podemos), que integra a CPI, fala em possibilidade de prisão dos diretores da fábrica.
De acordo com o instituto, ao se confrontar relatório do Serviço Geológico do Brasil e os dados apresentados nos documentos da Braskem, as informações permitem concluir (sempre de acordo com o IMA) que houve omissão e falsidade nos dados. O objetivo: Conseguir a licença ambiental para as operações de exploração do sal-gema, atestando que a mineração não causava anomalias, patologias ou subsidência nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
Assim, o IMA suspendeu a Licença de Operação número 157/2016, a mais recente antes do abalo sísmico registrado em 3 de março de 2018. No início daquele ano, vale lembrar, as fortes chuvas na capital tiveram efeitos mais drásticos nos bairros atingidos pela mineração, mas ainda não associava a extração do sal-gema e os problemas no solo.
